sábado, 27 de junho de 2009

A Crise nas grandes Empresas

Em suma, todas as empresas abordadas foram afetadas pela queda no preço das commodities e diminuição das exportações devido a uma redução da demanda no mercado externo e interno.


Usiminas: Importante grupo siderúrgico foi impactado pela crise financeira mundial, e como resultado houve demissões em massa (810 funcionários) no final de Maio, elevando para cerca de 2.000 os cortes de vagas desde dezembro. Segundo a empresa, isto aconteceu devido a um número insuficiente de adesões a um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), no qual os trabalhadores se demitiriam por conta própria, recebendo em troca algumas indenizações. Aproximadamente 516 trabalhadores participaram desse programa.

Para minimizar a crise, mais de 300 ações de reduções de custos estão em curso nas suas usinas, com potencial para gerar economias anuais de até R$ 1,2 bilhão.

Foi realizada uma reunião entre a Usiminas e o sindicato dos metalúrgicos na cidade de Ipatinga na qual os trabalhadores questionavam o não cumprimento de certos critérios para realização dessas demissões. Posteriormente ficou firmado um acordo entre os mesmos de que a empresa iria suspender as demissões por um prazo de 30 dias contados a partir de 5 de junho. A siderúrgica teve prejuízos estimados em 112 milhões e queda nas ações de 1,05%.



Petrobrás: Empresa compensou os efeitos da crise através de um Plano Estratégico montado por ela, baseado em uma disciplina de capital presente nas atividades da Companhia, tendo um crescimento de mercado de 27% e lucro operacional de 10.220 milhões.

A Crise econômica não afeta a projeção de 10 mil vagas até 2012 para as áreas de exploração e produção. A Petrobras continua anunciando investimentos recordes e apostando em objetivos ambiciosos. Empresa faz projeção de barris de petróleo e de investimentos em refinarias. É importante ressaltar a importância dos investimentos do Governo Federal, sobretudo através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Nesse contexto que também contribuiu para a estabilidade da empresa bem como o aumento de 6% na produção de óleo e gás no país.


Porém, ela teve um lucro líquido 20% inferior no primeiro trimestre desse ano comparado ao ano passado.


Vale: A segunda maior mineradora do mundo foi atingida com o despencamento do preço do minério de ferro devido à queda na demanda em mercados relevantes. Esse fato fez com que a China aumentasse a importância nas vendas da empresa. Ela suspendeu a produção em três mineradoras: a Samarco e duas unidades no porto de Tubarão. A redução da produção ocorreu em escala global observado em um corte de 30 milhões de toneladas de minério O que se pode perceber é que a Vale é uma empresa rica, com grande lucro, cerca de 15 bilhões, que são mal repartidos e que vem utilizando a crise para demitir e reduzir salários. Houve demissões, principalmente na área de extração de níquel (900 demitidos), de um total de 12 mil efetuados pela Companhia. Demissões geraram manifestações no Rio em dezembro do ano passado.

Perspectiva para 2009 é de que a empresa deva exportar 2,2 bilhões de dólares a menos.



Aracruz: Empresa do Espírito Santo, grande produtora de papel celulose e que mais vem sendo atingida pela crise no Brasil, devido a perdas com derivativos cambiais, tendo prejuízos de 2,13 bilhões . No último trimestre do ano passado, empresa registrou prejuízos líquidos de 9,892 bilhões , chegando a contrair diversas dívidas , fazendo com que tivesse de fechar acordos com bancos , já encerrados .

No primeiro bimestre de 2009, a empresa teve prejuízos de 1,7 milhões. Cerca de 177 funcionários foram demitidos.



Companhia Siderúrgica Nacional: Empresa teve lucro líquido de R$ 369 milhões e bruto de 802 milhões no 1º trimestre de 2009 . Apresentou queda na comercialização de aço plano nos três primeiros meses de 2009, 643 mil toneladas, o que representou uma baixa de 54% em relação ao exercício anterior, e redução em 20% na produção.

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